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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Spec Ops: The Line

Spec Ops: The Line aposta em trama emocionante para convencer o jogador

Eles formam um gênero que é considerado por muitos como o mais popular desta geração de consoles: os games de ação. Em primeira ou terceira pessoa, esses títulos são popularmente conhecidos como “jogos de tiro”, pois seu principal (e quase sempre único) objetivo é eliminar a balas todos à sua frente em trajetos bem lineares. O outro atrativo fica por conta do “mata-mata” multiplayer em que você deve derrotar outros jogadores, seja atuando em equipe ou como um soldado solitário.
Spec Ops The Line (Foto: Divulgação)Spec Ops: The Line (Foto: Divulgação)
Spec Ops é uma dessas franquias que tentam um lugar ao sol em meio a títulos impecáveis e que caem facilmente no gosto popular, como Call of Duty e Battlefield. E já que em matéria de jogabilidade e gráficos é quase impossível superar esses clássicos, em The Line a opção foi apostar em algo que esses mesmos jogos pecam em excesso: o enredo.
Abordando uma guerra em Dubai, o jogador assume o papel do soldado americano Martin Walker, que precisa lidar com os problemas de sua própria equipe e as barbaridades da guerra em meio a tempestades de areia e destruições por todos os lados.
Campanha emocionante e multiplayer comum
Dificilmente jogos que misturam elementos de ação bem lineares conseguem ter uma proposta de enredo que agrade. Entretanto Spec Ops: The Line possui uma história convincente e repleta de apelo emocional que tenta mostrar ao jogador o sofrimentos de uma população em consequência de uma guerra.
O modo campanha também se destaca pela cooperação de seus aliados virtuais. Além de poder instrui-los com comandos e táticas de combate, eles são eficientes o suficiente para lhe ajudar a limpar a área, principalmente quando a situação se complica e você acaba acuado. Isso soa como um alívio já que o modo não conta com um multiplayer local.
Porém não pense que você vai ficar sem o auxílio de seus amigos em uma Dubai devastada. O jogo conta com um modo cooperativo, porém este é baseado em desafios e não na trama principal. The Line também traz modos multiplayers tradicionais, como deatmatch e team deatmatch com direito a personalizações dos personagens e de seus equipamentos.
Spec Ops: The Line (Foto: Divulgação) (Foto: Spec Ops: The Line (Foto: Divulgação))Spec Ops: The Line traz modos multiplayers interessantes (Foto: Divulgação)
Jogabilidade básica e dificuldade desafiadora
Assim como outros milhares de jogos de ação em terceira pessoa, Spec Ops: The Line faz o básico e convence. Para os acostumados com a mira semi-automática, é bom se adaptar a mirar manualmente, uma vez que o game não conta com esse recurso. Porém, o símbolo que representa a mira é bem instrutivo e torna tudo mais fácil.
O sistema de cobertura também é algo que funciona muito bem no jogo. Em momentos de tiroteio intenso, as muretas e escombros pelas ruas são sinônimos de sobrevivência, uma vez que, sem elas, é impossível escapar dos tiros.
A dificuldade do jogo também é bem desafiadora. Além do sistema de proteção, os inimigos possuem algumas táticas que, apesar de parecerem suicidas, funcionam muito bem e dão trabalho nos níveis mais altos – que chegam a ponto de eliminar o jogador com apenas um tiro.
Spec Ops: The Line (Foto: Divulgação) (Foto: Spec Ops: The Line (Foto: Divulgação))Utilize as muretas de Spec Ops: The Line para sobreviver aos tiroteios (Foto: Divulgação)
Uma Dubai repetitiva e completamente destruída
E se sobraram elogios para o modo campanha e seu enredo, a parte visual do jogo deixa muito a desejar. As mesmas animações que tentam arrancar algumas lágrimas de jogadores mais emotivos, acabam decepcionando ao tentar reproduzir expressões de sofrimento em gráficos poligonais e nada polidos.

Um exemplo mais claro fica por conta da cena em que o personagem principal se depara com uma mulher morta junta a uma criança com metade do corpo queimado. Por mais que a cena seja bem forte, os gráficos não conseguem reproduzir essa emoção ao apresentar personagens bem artificiais, ao contrário de CGs de jogos como Final Fantasy, que chegam a confundir o jogador com tamanho realismo.
E a parte do gameplay também sofre com esse descaso. A ambientação em Dubai  pode até ser convincente para a trama, mas não o suficiente para justificar cenários tão repetitivos. Muitos prédios possuem e mesma decoração e arquitetura. Apenas a parte externa impressiona, que é onde as tempestades de areia prevalecem. Também sentimos falta de mais detalhamento nas expressões dos personagens que, mesmo alterando o timbre da voz, parecem inalterados em relação a suas atitudes.
Spec Ops: The Line (Foto: Divulgação)Visual de Spec Ops: The Line decepciona (Foto: Divulgação)
Conclusão
Spec Ops The Line é mais um game de ação que tenta alcançar certa popularidade em um gênero tão disputado. A jogabilidade funciona bem, mas os gráficos deixam muito a desejar quando comparados a outros títulos do gênero. Entretanto a sua trama pode servir como inspiração para jogos que apresentam combates e destruições sem um motivo convincente.