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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Nova técnica de soldagem pode mudar a forma como os carros são feitos

A Honda Motor anunciou que está unindo aço e alumínio em uma nova técnica de soldagem. Até então, o processo era considerado praticamente impossível em larga escala pela dificuldade de juntar os dois metais diferentes e fabricar uma solda estável e continua.
A nova tecnologia promete afetar o desempenho dos carros para melhor, transformando a maneira de fabricá-los. A solução veio de uma variação de soldagem que une os materiais por meio de uma pressão mecânica. O processo que acontecia até agora utilizava o gás do metal.
Em nota, a Honda explica: “Esta tecnologia gera uma ligação metálica nova e estável entre o aço e o alumínio a partir do movimento de uma ferramenta rotativa na parte superior do alumínio, que é sobreposto sobre o aço com a alta pressão”.
Demonstração da ligação entre o aço e o alumínio (Foto: Reprodução) Demonstração da ligação entre o aço e o alumínio (Foto: Reprodução)
As novas soldas, segundo relatos, têm força equivalente ou melhor que as tradicionais. Isso se dá porque o novo processo permite que engenheiros alterem a estrutura do chassis auxiliar, mudando o ponto de montagem da suspensão.

Dessa forma, o ponto de montagem se tornou 20% mais rígido, melhorando o desempenho dinâmico do veículo. Quanto à segurança, a Honda prevê a implantação de um sistema de infravermelhos e lasers para fiscalizar todas as soldas que serão usadas.
Outra vantagem dos carros construídos com a nova solda seria a leveza, já que a combinação de aço e alumínio pode ser até 25% mais leve do que as estruturas de aço comuns. Isso afetaria diretamente o consumidor porque acarretaria em uma redução dos gastos com combustível.
Em relação às fábricas, também haveria redução do custo de produção: o processo é capaz de economizar metade da eletricidade hoje utilizada. Além disso, a maquinaria ocuparia menos espaço e, por isso, poderia se ligar a robôs industriais. Apesar dessa evidente economia, ainda não foi revelado se a inovação afetará o preço final do carro.
via techtudo