Lenovo deve anunciar compra da CCE, diz Exame

Yang Yuanqing, presidente mundial da Lenovo virá ao Brasil anunciar compra da CCE

São Paulo – A fabricante de computadores Lenovo deve anunciar amanhã a compra da CCE, fabricante brasileira de eletroeletrônicos. A informação é da publicação Exame.
A empresa convocou a imprensa para um importante comunicado, que será feito nesta quarta-feira (5) por seu presidente-global Yang Yuanquing. A negociação, diz a publicação, estava sendo feita desde o ano passado.

[Leia entrevista exclusiva da INFO com o presidente mundial da Lenovo]
Se a compra for confirmada, a chinesa ganhará mercado brasileiro. A CCE oferece seus produtos em diversas lojas do país, principalmente nas do segmento popular – que atendem uma das classes que mais consomem no país. A estratégia, portanto, poderá ajudar a empresa a rivalizar com a curitibana Positivo.
Fundada em 1984, a Lenovo é uma das maiores fabricantes de computadores do mundo. Ficou famosa em 2005, quando comprou a fábrica de computadores da IBM, por 1,25 bilhões de dólares, e passou a controlar a marca ThinkPad.
Recentemente, analistas afirmaram que a Lenovo deve ultrapassar a Hewlett-Packard e se tornar o maior fabricante mundial de computadores pelo critério de faturamento, o que faria dela a primeira empresa chinesa a se tornar líder mundial no setor de tecnologia.
A brasileira CCE nasceu um pouco antes: em 1964. Ficou conhecida no país por vender eletroeletrônicos, como rádios, televisores e gravadores a preços populares. Em meados de 2006, a empresa iniciou a venda PCs e notebooks de baixo custo. Recentemente, numa parceria com a Intel, entrou no ramo de ultrabooks.
Fábrica no brasil - A Lenovo anunciou há um mês que investirá 30 milhões de dólares na construção de uma fábrica e de um centro de distribuição no Estado de São Paulo.
As instalações de 325 mil metros quadrados, localizadas na cidade de Itú, devem entrar em operação até dezembro de 2012, informou a empresa em comunicado.
A fábrica produzirá uma "linha completa" de computadores comerciais e de consumo para os clientes no Brasil, permitindo à empresa "expandir significativamente o seu portfólio de produtos no Brasil e fortalecer a sua competitividade em preços, ao mesmo tempo em que minimizará o tempo de entrega dos produtos", segundo a nota da empresa.