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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Boogerman era um jogo em que o personagem atacava com flatulências e arrotos

Imagine um jogo cujo ataque do protagonista se baseia em puns, arrotos e cuspes. Nojento? Pois saiba que este é apenas uma das inúmeras bizarrices presentes em Boogerman, um jogo repleto de porcarias que era diversão garantida para as crianças e o terror dos pais que queriam educá-las.
Boogerman (Foto: Divulgação)Boogerman era a diversão das crianças e o terror dos pais(Foto: Divulgação)
Maus modos são sua salvação
Quando os consoles estavam na geração 16 bits, muitas eram as críticas sobre os videogames. Diversos pais afirmavam que o videogame era prejudicial à educação de seus filhos, pois criava o hábito nada saudável de deixar a criança horas e horas sentada olhando para a TV. E para pôr panos quentes nessa briga, muitas empresas aderiram a jogos educativos ou com uma temática mais divertida para agradar o jogador e, principalmente, os seus responsáveis.
Só que outras empresas não estavam nem aí para essa questão e pareciam querer acirrar ainda mais a briga. Uma delas era a Interplay, que lançou um jogo cujo protagonista tinha hábitos nada educados, como soltar pum e atirar melecas.
Boogerman (Foto: Reprodução)Boogerman nadava contra a corrente dos jogos educativos (Foto: Reprodução)
O enredo era o motivo para tanta nojeira. O milionário Snotty vai a uma fábrica investigar o motivo da poluição do local não afetar o ambiente. Lá ele descobre que toda a sujeira está sendo enviada para uma outra dimensão e, depois de sofrer um acidente, o atrapalhado milionário acaba indo parar no lugar.
Devido ao excesso de porcarias enviadas, Snotty acaba se deparando com locais completamente sujos e até com criaturas geradas a partir dessa sujeira, como monstros de vômito e muco. A partir desse ponto, o “herói” deve utilizar seus artifícios nada educados para sobreviver aos perigos e resolver os problemas.
Boogerman (Foto: Divulgação)Seja mal educado para sobreviver em Boogerman (Foto: Divulgação)
Você seria capaz de enfrentar essa sujeira novamente?
Tirando o fator “educação” do jogo, Boogerman era um dos melhores games de plataforma daquela geração. Com gráficos bem coloridos, o jogo apresentava ambientes que divertiam e, ao mesmo tempo, causavam um certo embrulho no estômago. Assim, a imersão no jogo ia mais além, pois você não lutava para não cair num simples poço, mas sim para não afundar num rio de meleca. Acreditem, o esforço para não cair era maior do que em qualquer outro jogo!
Boogerman (Foto: IGN)Apesar do nojo, Boogerman é um bom game (Foto: IGN)
A jogabilidade também merecia aplausos. Embora suas armas sejam hábitos nojentos, elas se mostravam eficientes contra os inimigos, como o pum que acertava os inimigos abaixados e o arroto acumulado contra monstros mais resistentes.
Mas será que o jogo merecia um remake? Claro! Primeiro porque um adventure em teceira pessoa cairia como uma luva para Boogerman. Imagine a necessidade de equilibrar-se sobre galhos de arvores para não cair num rio de excremento, ou então encarar aquele Golem de meleca gigantesco correndo de um lado para o outro. Isso sem falar na variedade de movimentos que o personagem poderia adquirir, como combos porcalhões.
Outro motivo é que a grande maioria dos jogadores cresceu. Aquele jogo que nossos pais repudiavam estaria de volta. E o melhor: sem ninguém para dizer o que é certo e errado no game. Mas e com seus filhos? Vocês deixariam o herói mal educado nas mãos deles?